ORCHIDACEAE

Anathallis tigridens (Loefgr.) F.Barros & Barberena

Como citar:

Danielli Cristina Kutschenko; Tainan Messina. 2012. Anathallis tigridens (ORCHIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

VU

EOO:

30.214,715 Km2

AOO:

12,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre na Mata Atlântica, exclusivamente no Estado do Rio de Janeiro (Barros et al. 2011). Porém a espécie foi registrada para o estado do Espírito Santo em 2004 (L. Kollmann, 6676; HSJRP, 22332). Na Serra dos Órgãos a espécie ocorre a cerca de 800m de altitude (Miller et al., 2006).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Danielli Cristina Kutschenko
Revisor: Tainan Messina
Critério: D2
Categoria: VU
Justificativa:

<i>Anathallis tigridens</i> é uma espécie epífita ocorrente em ambientes de Mata Atlântica nos Estadosdo Rio de Janeiro e Espírito Santo, com uma EOO de 26.246,90 km². Os registros da espécie se concentram em três localidades. No Parque Nacional da Tijuca (RJ), são ameaças iminentes os incêndios provocados por balões, especulação imobiliária, pressão antrópica causada pelas favelas nas áreas do entorno e o extrativismo de espécies nativas ornamentais (principalmente broméliase orquídeas). No Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ), a extração de espécies madeireiras (cedro e canela) e árvores de sub-bosque, como o palmito, são as que mais ameaçam a biota local. O município de Santa Teresa (ES) tem como principal ameaça às suas áreas florestais o desenvolvimento de atividades agriculturais e expansão urbana. Diante do exposto, a espécie está sujeita a três situações de ameaça e apesar de uma EOO ampla, <i>A. tigridens</i> tem menos de cinco situações de ameaça, sendo assim, foi categorizada como "Vulnerável" (VU). Entretanto, sugerem-se maior esforço de coleta e estudos populacionais e de extração.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

A espécie foi descrita na obra Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 2: 56, tab. 23. 1918 (Barros; Barberena, 2010).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes:

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa (Barros; Rodrigues; Batista, 2009)
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Espécie epífita, de 60-100mm de altura, formando grupos com cinco a quinze folhas e apresenta um sistema radicular com raízes esbranquiçadas ou marrons de 0,9mm de diâmetro. As inflorescências de 100-150mm, que produzem cinco a sete flores sobre pedicelos de 6-8mm, emergem das bases das folhas mais novas. Na Serra dos Órgãos a espécie foi encontrada em florestas ombrófilas originais, sobre troncos e galhos a meia altura, necessitando de boa luminosidade, umidade elevada e boa movimentação de ar. A floração ocorre de janeiro a março e as flores duram por dez dias (Miller et al., 2006)

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
​Parque Nacional da Tijuca (RJ), são ameaças iminentes os incêndios provocados por balões, especulação imobiliária, pressão antrópica causada pelas favelas nas áreas do entorno e o extrativismo de espécies nativas ornamentais (principalmente broméliase orquídeas). No Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ), a extração de espécies madeireiras (cedro e canela) e árvores de sub-bosque, como o palmito, são as que mais ameaçam a biota local. O município de Santa Teresa (ES) tem como principal ameaça às suas áreas florestais o desenvolvimento de atividades agriculturais e expansão urbana
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3 Extraction local
​Parque Nacional da Tijuca (RJ), são ameaças iminentes os incêndios provocados por balões, especulação imobiliária, pressão antrópica causada pelas favelas nas áreas do entorno e o extrativismo de espécies nativas ornamentais (principalmente broméliase orquídeas). No Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ), a extração de espécies madeireiras (cedro e canela) e árvores de sub-bosque, como o palmito, são as que mais ameaçam a biota local. O município de Santa Teresa (ES) tem como principal ameaça às suas áreas florestais o desenvolvimento de atividades agriculturais e expansão urbana.

Ações de conservação (2):

Ação Situação
Ocorre no Parque Nacional da Tijuca (RJ), no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ) e na Reserva Biológica Augusto Ruschi
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
A espécie é classificada como Criticamente Ameaçada (CR) na Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).